quinta-feira, 5 de março de 2009

O Mito da Caverna

O Mito da caverna também conhecido como ‘Alegoria da caverna’ é uma parábola escrita por Platão em sua obra "A República", e fala da iluminação pela luz da sabedoria e da saída da escuridão da conformidade.


Imaginem pessoas que moram dentro de uma caverna, e que essas estão acorrentadas a um muro com uma face virada para a entrada da caverna e com a outra face virada para o fundo da caverna, sendo que as pessoas estão presas na face virada para o fundo da caverna. O muro não se estende até o teto possibilitando a passagem da luz por cima dele. A caverna é iluminada por uma luz constante provinda de uma tocha posta sobre um pedestal na entrada. Bem em frente à caverna, surge uma estrada por onde passam tanto pessoas carregando todo tipo de coisa, como também animais. Os passantes (humanos, animais e objetos) projetam sombras no fundo da caverna através da fresta do muro por cima das cabeças das pessoas aprisionadas. Estas pessoas estão reclusas desde pequenas e só conhecem do mundo nada mais que essas sombras projetadas no fundo dessa caverna.


Uma dessas pessoas confecciona uma ferramenta que quebra as amarras, vai se locomovendo aos poucos, devido aos anos de imobilização, e consegue escalar o muro com dificuldade. Chegando à entrada da caverna , é ofuscada pela luz, encontra as pessoas reais que projetavam as sombras, não acredita no que vê, pergunta às pessoas que coisas estranhas são essas que vê agora; as pessoas respondem, mas ele não acredita de imediato, vai se acostumando com a luz, com a nova realidade, consegue enxergar as sombras que as coisas reais fazem. Então se dá conta que seu mundo era um mundo de ilusões, de farsas; e com isso resolve voltar à caverna e contar a seus companheiros o que viu. Chegando lá ninguém acredita e dizem que está louco ao falar tanta coisa estranha. Tenta convencê-los mas é inútil, só consegue receber xingamento e indiferença.


Comentário: O Mito da caverna é a minha alegoria preferida de demonstração do encontro da verdade, acredito que demonstra a ideia de transcendência; saída de um estado inferior pra um superior, de uma forma clara. Todos os alunos dos cursos de humanas já viram ou verão o escrito da caverna. Os que já viram, fico feliz pela reabordagem; e os que verão é importante que se detenham atentamente, pois se trata de excelente exercício de reflexão, assunto obrigatório em várias disciplinas. Tentando agradar a todos, coisa que não é possível, tento passar da melhor forma que achar uma contribuição aos meus leitores. Então qual é a ideia que acho que ficou? A de que sempre é preciso estar revendo as nossas impressões de mundo. No momento que o homem na caverna tentar se libertar é a hora da iluminação, a ferramenta usada para quebrar as correntes é a informação, a ‘sabedoria’. A hora de regresso, e rejeição, é a hora em que você tentará expor a sua visão de sabedoria, adquirida através da reflexão. Então pensemos: será que não estamos vivendo em cavernas? Não vemos as coisas de forma turva? A luz da chama à entrada da caverna nos faz ter uma noção de que as coisas são sombras daquilo que realmente é verdadeiro. Fica assim a escolha: ficaremos presos às correntes conformados com nosso mundo dentro da caverna, protegido e sem termos que fazer força para ver o mundo lá fora? Ou iremos nos ofuscar com a luz do Sol? Se o fizermos, não se poderá ver de imediato. Pode ser que olhemos para trás e prefiramos a caverna, mas como poderemos saber se a preferimos se nunca vimos a luz do Sol?


Fico agradecido com os comentários pois me incentivam à melhoria, agradeço os comentários dos primeiros textos. Sempre estarei revendo os erros e melhorando a escrita e interpretação.


Outros comentários e dúvidas mandar para: geraldopsico@hotmail.com grato.

4 comentários:

Caro "Geraldo Botão" seus textos me trazem uma paz interior impressionante, textos que nos estimulam a pensar.... gosto bastante de suas postagens...nem sempre comento pois sempre passo aqui apresada, mas quero que saiba, que estou acompanhando ansiosamente suas novas postagens.

Tenho uma pergunta: Em um relacionamento, quando um exige muito do outro, o que isso quer disser? Ele(a) está muito apaixonado(a), ou pelo contraio está tentando afastar a outra pessoa.?

De verdade, falo que a ética da psicologia não permite que se façam afirmações para perguntas como a sua. Independente do método utilizado pelo psicólogo, é preciso um contato maior com o cliente para se saber quais repercussões a afirmativa dada pelo mesmo causará na vida do cliente. O que posso falar pra você de forma mais pessoal é que um relacionamento não pode ser feito de exigências que o parceiro não pode atender, e sim de troca, essa que deve ser sempre de forma espontânea de ambas as partes.

Fico muito agradecido pelos elogios ;D , somando sempre algo a vcs leitores. Obg ANA.