quinta-feira, 19 de março de 2009

Sonhos

Desde a antiguidade os sonhos despertam a imaginação e a curiosidade dos homens, as mais diversas explicações já foram dadas para esse fenômeno, veremos as que chamam atenção.

Na antiguidade, sem influencia das ciências modernas, os sonhos eram vistos como premonições; os deuses eram reveladores de acontecimentos, até hoje em muitas religiões se ver o fenômeno como porta para revelação do futuro, uma delas é a religião judaico-cristã. Essa afirma que José é avisado em sonho pelo anjo Gabriel de que sua esposa traz no ventre uma criança divina. Assim como no Islamismo que os sonhos bons são inspirados por Alah e podem trazer mensagens divinatórias, enquanto os pesadelos são consideradas armadilhas de satã.

Freud escreve no seu livro chave “A interpretação dos Sonhos”, escrito em 1900 que, os sonhos nada mais são que desejos reprimidos, e que podem ser interpretados através da linguagem, sendo eles reveladores de acontecimentos e cheios de significados. Outros seguidores de Freud como, Carl Gustav Jung, tem uma interpretação similar, sendo que Jung afirma: o papel dos sonhos, que não seriam apenas reveladores de desejos ocultos, mas sim, uma ferramenta da psique que busca o equilíbrio por meio da compensação. Ou seja, alguém masculinizado pode sonhar com figuras femininas que tentam demonstrar ao sonhador a necessidade de uma mudança de atitude.

Hoje sabe-se que o sonho acontece na fase do sono nomeado de REM, fase em que movimentos oculares rápido dos olhos acontece, e que determina esse acontecimento.
Os cientistas neurológicos dizem que o sonho não é mais que um tráfego de informação sem sentido que tem por função manter o cérebro em ordem, organizando informações, mas sem sentido próprio para uma interpretação.

Comentário: Todos os tipos de explicações são dadas aos sonhos desde tempos imemoriais, e algumas outras estão sendo formuladas. Psicanalistas têm nos sonhos interesses particulares, pois nos sonhos que se baseiam seus trabalhos. Até mesmo na psicologia existem correntes teóricas que dão interpretações diversas aos sonhos, logo me deterei a um maior aprofundamento do assunto, mas o que quero dizer é que, esse acontecimento global é presente em todas as culturas e cada uma dá uma interpretação singular, sendo que algumas se aproximam e outras diferem completamente. Não se pode viver sem sonhar, isso é consenso geral. Ele nos traz sentido de vida, nos faz sentir como se tivesse acontecendo, todos ouvimos por ai a frase: ‘quando deixamos de sonhar deixamos de viver’, e isso não poderia ser mais evidente. O sonho transforma, nos faz voar, é a fantasia que faz a vida ter graça. Desejos? Premunições? Simples descargas elétricas? Cada um interpreta como quer, mas ninguém é capaz de nega-lo, pois quem nega o sonho nega a vida. Então cada um sonha o que é capaz. O que seria o sonho pra mim? Uma porta pra um mundo diferente, e como seria esse mundo? Todos temos um lugar para ficar a vontade consigo mesmos, alguns conseguem ver o futuro, outros até afirmam que conversam com anjos e até falam com Deus. A ideia de que esse lugar pode existir e ter realmente esse poder é fantástica e por essa causa nunca esse lugar deixará de rodear nossas fantasias. O que é o sonho pra você?

Dizem que sonhar é bom...
Dizem que sonhar faz bem...
Eu tenho tido uns sonhos tão estranhos!?
Alguns, nem posso contar a ninguém!!!

Dia desses sonhei sendo perseguida
Era um homem de quem eu não via o rosto
Mas eu sentia que era alguém que eu conhecia!?
Cheguei a sentir sua mão em meu pescoço!
Acordei assustada e apreensiva
Sem ar, como se acabasse de fazer uma corrida

Noite passada sonhei que minha nene estava sendo maltratada
E eu trabalhando até tarde com o "patrão"
Chegava em casa e quando fui procura-la
A bichinha dormia toda suja e jogada no chão
Eu tentei gritar com ódio de mim mesma
Mas só pensava comigo: isso não tem perdão.

Quão estranho é sonhar coisas da vida
Ou é pior viver a vida sem ter sonhos? Rosana Oshiro

Agradeço desde já os comentários, críticas construtivas também são bem aceitas . abrigado. Outras dívidas mandar para: geraldopsico@hotmail.com

sábado, 14 de março de 2009

Trabalho Alienado


O Trabalho Alienado é o termo descrito por Karl Marx que afirma que o trabalhador não mais é dono da mercadoria que produz, tornando-se alienado em relação sua a função e com isso proporciona a desestruturação do mercado fazendo com que o trabalho ganhe sentido de lucro propriamente dito, e nada mais.

O operário não desempenha uma atividade física e intelectual livre, mas mortifica seu corpo e arruína seu espírito.

À medida que o sujeito não conscientiza-se de que aquilo que está produzindo não é um produto que trará satisfação para ele, e muito menos trará benefícios, nesse momento ele realiza um trabalho alienado, pois o trabalhador deve ter controle da mercadoria que produz.

Imaginemos um montador de carros, daqueles que coloca uma única peça, e que um segundo coloca mais outra e assim sucessivamente; o mesmo não terá o produto que produziu, sendo que muitas vezes num sabe nem quantos carros produziu, com salário abaixo da média assim como acima da média também estará realizando um trabalho que não trará benefícios. Pensemos agora o gerente dessa montadora, se ele está no cargo por dinheiro e cobiça, está em um trabalho alienado, agora se ele é um gerente que gosta de comandar e faz isso com responsabilidade e sente satisfação por isso, trazendo lucro para empresa e justiça para seus subordinados desempenha um trabalho satisfatório, e seu produto de trabalho nada mais é que a satisfação de seus comandados, e a gratidão de seu chefe.

Marx traz o conceito de ‘Mais Valia’ que nada mais é o lucro dado pelo funcionário. Como se dá esse lucro? Através do trabalho escravo afirma o pensador.

Comentário: Nunca o capitalismo esteve tão selvagem, um assunto atualíssimo no meio acadêmico e que todos deviam ter conhecimento. Como um trabalho se torna alienada? No momento em que não se tem satisfação com o produto de seu trabalho. Como seria esse produto? Se o indivíduo está numa empresa de carros, o produto será o carro, se está numa empresa de tecidos, o produto será o tecido, mas esse produto também pode ser não físico, como um vendedor autônomo que passa na rua, ou um motorista de ônibus. È possível que esse motorista tenha satisfação no trabalho? Claro, se ele realiza com desejo de dirigir, não tendo a ambição de receber mais que um motorista, ele produz com alegria. Então fica claro de onde vem a satisfação, não sendo o trabalho que traz a satisfação, um pescador pode ser bem mais satisfeito com o que faz do que um empresário de sucesso. Conscientizemo-nos, não deixemos que o mundo mande o que devemos fazer e sim tenhamos coragem de sermos líderes de nossa vida. Quando se trabalha com vontade, a vontade que se tem é de se trabalhar sempre. O autor de “O CAPITAL” Karl Marx afirma: se o produto do trabalho é alienado do trabalhador, por ser algo exterior a ele, a ponto de não lhe pertencer, deve ser então propriedade de outro, que não é evidentemente quem o produziu, nem os deuses e muito menos a natureza, como pensavam os antigos, então logicamente deve ser outro homem que tomou dele aquilo que deveria lhe pertencer, tornado-se assim produto do meio, e na palavra do pensador, torna-se assim o homem ‘mercadoria’.

Agradeço os comentários de dúvidas. geraldopsico@hotmail.com grato.

"Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro acorda."

(Carl Gustav Jung)

quinta-feira, 5 de março de 2009

O Mito da Caverna

O Mito da caverna também conhecido como ‘Alegoria da caverna’ é uma parábola escrita por Platão em sua obra "A República", e fala da iluminação pela luz da sabedoria e da saída da escuridão da conformidade.


Imaginem pessoas que moram dentro de uma caverna, e que essas estão acorrentadas a um muro com uma face virada para a entrada da caverna e com a outra face virada para o fundo da caverna, sendo que as pessoas estão presas na face virada para o fundo da caverna. O muro não se estende até o teto possibilitando a passagem da luz por cima dele. A caverna é iluminada por uma luz constante provinda de uma tocha posta sobre um pedestal na entrada. Bem em frente à caverna, surge uma estrada por onde passam tanto pessoas carregando todo tipo de coisa, como também animais. Os passantes (humanos, animais e objetos) projetam sombras no fundo da caverna através da fresta do muro por cima das cabeças das pessoas aprisionadas. Estas pessoas estão reclusas desde pequenas e só conhecem do mundo nada mais que essas sombras projetadas no fundo dessa caverna.


Uma dessas pessoas confecciona uma ferramenta que quebra as amarras, vai se locomovendo aos poucos, devido aos anos de imobilização, e consegue escalar o muro com dificuldade. Chegando à entrada da caverna , é ofuscada pela luz, encontra as pessoas reais que projetavam as sombras, não acredita no que vê, pergunta às pessoas que coisas estranhas são essas que vê agora; as pessoas respondem, mas ele não acredita de imediato, vai se acostumando com a luz, com a nova realidade, consegue enxergar as sombras que as coisas reais fazem. Então se dá conta que seu mundo era um mundo de ilusões, de farsas; e com isso resolve voltar à caverna e contar a seus companheiros o que viu. Chegando lá ninguém acredita e dizem que está louco ao falar tanta coisa estranha. Tenta convencê-los mas é inútil, só consegue receber xingamento e indiferença.


Comentário: O Mito da caverna é a minha alegoria preferida de demonstração do encontro da verdade, acredito que demonstra a ideia de transcendência; saída de um estado inferior pra um superior, de uma forma clara. Todos os alunos dos cursos de humanas já viram ou verão o escrito da caverna. Os que já viram, fico feliz pela reabordagem; e os que verão é importante que se detenham atentamente, pois se trata de excelente exercício de reflexão, assunto obrigatório em várias disciplinas. Tentando agradar a todos, coisa que não é possível, tento passar da melhor forma que achar uma contribuição aos meus leitores. Então qual é a ideia que acho que ficou? A de que sempre é preciso estar revendo as nossas impressões de mundo. No momento que o homem na caverna tentar se libertar é a hora da iluminação, a ferramenta usada para quebrar as correntes é a informação, a ‘sabedoria’. A hora de regresso, e rejeição, é a hora em que você tentará expor a sua visão de sabedoria, adquirida através da reflexão. Então pensemos: será que não estamos vivendo em cavernas? Não vemos as coisas de forma turva? A luz da chama à entrada da caverna nos faz ter uma noção de que as coisas são sombras daquilo que realmente é verdadeiro. Fica assim a escolha: ficaremos presos às correntes conformados com nosso mundo dentro da caverna, protegido e sem termos que fazer força para ver o mundo lá fora? Ou iremos nos ofuscar com a luz do Sol? Se o fizermos, não se poderá ver de imediato. Pode ser que olhemos para trás e prefiramos a caverna, mas como poderemos saber se a preferimos se nunca vimos a luz do Sol?


Fico agradecido com os comentários pois me incentivam à melhoria, agradeço os comentários dos primeiros textos. Sempre estarei revendo os erros e melhorando a escrita e interpretação.


Outros comentários e dúvidas mandar para: geraldopsico@hotmail.com grato.